Para muitos é o metal perfeito, considerado tradicionalmente como o mais precioso dos metais, tem o brilho da luz. Na Índia é chamado de luz mineral. É solar, real, ígneo e até mesmo divino, em certas lendas a carne dos deuses é feita de ouro. Os ícones de Buda são dourados, os Faraós egípcios resplandeciam em ouro, é um símbolo de iluminação e da perfeição absoluta, por vezes também pode representar um reflexo da luz celeste.
O ouro-luz é tido como um símbolo de conhecimento, o yang essencial. Tanto na China como na Índia, preparam-se drogas de imortalidade à base de ouro. Entre os astecas é associado à pele nova da terra, um símbolo da renovação periódica da natureza. Por toda a África o ouro é o metal régio, o pedestal do saber, o trono da sabedoria devido à sua pureza e inalterabilidade; ele propicia a felicidade, se bem utilizado, ou seja se empregado na busca do saber, caso contrário, acelera a perdição de seu proprietário. Notamos aí uma caracterização de ambiguidade que depende do uso que faz aquele que possui tamanho valor em suas mãos.
Para os bambaras, o ouro simboliza também o fogo purificador, a iluminação. Nas tradições gregas o ouro evocava o Sol e toda a sua simbólica de fecundidade, riqueza, dominação; centro de calor, amor e brilho e ainda foco de conhecimento e luz. Era o ouro uma arma de luz, usavam-se facas de ouro nos sacrifícios às divindades uranianas. Nesse sentido de identificação com a luz solar o ouro também foi um dos símbolos de Jesus, Luz, Sol, Oriente, envolto em auréolas douradas e vestes luminosas. Por fim fica a ideia de um tesouro ambivalente; o ouro-cor e o ouro-metal puro são símbolos solares e o ouro-moeda é um símbolo de perversão e exaltação impura dos desejos.