O amor está vinculada a simbólica geral da união dos opostos, a pulsão fundamental do ser, a libido que impele toda existência a se realizar na ação. Mas todo esse conjunto engloba aspectos materiais, sensíveis, espirituais, tudo na busca de vencer os antagonismos e objetivando a integração de forças divergentes numa mesma unidade. O amor tende a vencer tudo isso e ser a força maior capaz de equilibrar, impulsionar e harmonizar tudo no universo. A libido ilumina-se na consciência, onde pode tornar-se uma força espiritual de progresso moral e místico. O amor é a busca de um centro unificador, transforma-se em fonte de progresso na medida em que é efetivamente união, e não só aproximação. Porém quando pervertido torna-se princípio de divisão, destruição e de morte, tende a escravizar o outro gerando o egoísmo irrefreado. Isso ocorre quando há o equívoco de se tomar a parte pelo todo, o amor verdadeiro é a reunião de duas partes separadas na finalidade de se tornarem uma.